O apaixonado é um injustiçado. Criou-se para ele a imagem de um ser etéreo, desligado, totalmente alheio a qualquer outra coisa que não seja o objeto de sua paixão. O apaixonado tem fama de improdutivo, de um ser com o qual não se pode contar, pelo menos enquanto ele estiver nessa fase assim, digamos, "anestesiada".
Pois acredito que estar apaixonado não é, de forma alguma, estar em algum estado distante da realidade. Muito pelo contrário. O apaixonado é o ser mais focado do mundo. Ele direciona todas as suas forças ao objeto de sua paixão, e todos os seus atos se voltam para bem realizar aquilo que ele deseja.
Talvez a confusão aconteça porque, quando dizemos paixão, a primeira coisa que vem à cabeça das pessoas é o amor romântico. Mas existem tantas outras paixões… Paixão por um ideal, por um esporte, por um trabalho, por uma vocação, por um talento, por um país, um lugar … até por dinheiro, por que não? São as paixões que nos movem. E tanto mais nos movemos quanto maior for a nossa capacidade de nos apaixonar. É incrível pensar que aquilo que fazemos por paixão tira do nosso corpo a preguiça, a tristeza, o desânimo. Mais incrível ainda a sensação de ver realizado aquilo em que tanto nos empenhamos, com a emoção. Mesmo que aquilo não tenha aparentemente utilidade alguma. Digo aparentemente, porque sempre tem uma utilidade. Ainda que essa utilidade seja unicamente proporcionar a sua própria alegria.
Mesmo a paixão romântica é produtiva. Quem está apaixonado por alguém se empenha em dar o melhor de si. Quer ficar mais bonito, mais inteligente, mais gentil. Descobre que pode ser uma pessoa melhor. Aliás, quer ser uma pessoa melhor para impressionar a sua paixão. Ok, para quem olha de fora um casal de apaixonados é às vezes um pouco irritante. Mas é só porque nos sentimos excluídos de tanta felicidade. Somos invejosos, isso sim.
Tem gente que não se apaixona por nada, e fico pensando o porquê. Talvez seja o mesmo motivo pelo qual tem gente que não consegue se apaixonar por ninguém. O medo. Apaixonar envolve o risco de se expor ao ridículo, de falhar, de errar, de ser criticado, de se decepcionar. Então parece mais cômodo ficar quietinho no seu canto, vivendo sem se mexer, sem sofrer e sem euforia. Só vendo o tempo passar. Assim não se erra, afinal de contas. Assim apenas se observa.
O apaixonado é mesmo ridículo. Fala bobagens, faz bobagens. O tempo todo. Mas é que ele faz muito. O apaixonado é tão eufórico que tem idéias e mais idéias. E é lógico que metade delas cai por terra. Mas tem a outra metade que dá certo, sim. Só que o apaixonado é tão exagerado que dá a impressão de que só acontece o errado. E todo mundo ri e critica o apaixonado. Mas quer saber? Ele não está nem aí. A alegria de um apaixonado é algo que só outro apaixonado compreende.
Pois acredito que estar apaixonado não é, de forma alguma, estar em algum estado distante da realidade. Muito pelo contrário. O apaixonado é o ser mais focado do mundo. Ele direciona todas as suas forças ao objeto de sua paixão, e todos os seus atos se voltam para bem realizar aquilo que ele deseja.
Talvez a confusão aconteça porque, quando dizemos paixão, a primeira coisa que vem à cabeça das pessoas é o amor romântico. Mas existem tantas outras paixões… Paixão por um ideal, por um esporte, por um trabalho, por uma vocação, por um talento, por um país, um lugar … até por dinheiro, por que não? São as paixões que nos movem. E tanto mais nos movemos quanto maior for a nossa capacidade de nos apaixonar. É incrível pensar que aquilo que fazemos por paixão tira do nosso corpo a preguiça, a tristeza, o desânimo. Mais incrível ainda a sensação de ver realizado aquilo em que tanto nos empenhamos, com a emoção. Mesmo que aquilo não tenha aparentemente utilidade alguma. Digo aparentemente, porque sempre tem uma utilidade. Ainda que essa utilidade seja unicamente proporcionar a sua própria alegria.
Mesmo a paixão romântica é produtiva. Quem está apaixonado por alguém se empenha em dar o melhor de si. Quer ficar mais bonito, mais inteligente, mais gentil. Descobre que pode ser uma pessoa melhor. Aliás, quer ser uma pessoa melhor para impressionar a sua paixão. Ok, para quem olha de fora um casal de apaixonados é às vezes um pouco irritante. Mas é só porque nos sentimos excluídos de tanta felicidade. Somos invejosos, isso sim.
Tem gente que não se apaixona por nada, e fico pensando o porquê. Talvez seja o mesmo motivo pelo qual tem gente que não consegue se apaixonar por ninguém. O medo. Apaixonar envolve o risco de se expor ao ridículo, de falhar, de errar, de ser criticado, de se decepcionar. Então parece mais cômodo ficar quietinho no seu canto, vivendo sem se mexer, sem sofrer e sem euforia. Só vendo o tempo passar. Assim não se erra, afinal de contas. Assim apenas se observa.
O apaixonado é mesmo ridículo. Fala bobagens, faz bobagens. O tempo todo. Mas é que ele faz muito. O apaixonado é tão eufórico que tem idéias e mais idéias. E é lógico que metade delas cai por terra. Mas tem a outra metade que dá certo, sim. Só que o apaixonado é tão exagerado que dá a impressão de que só acontece o errado. E todo mundo ri e critica o apaixonado. Mas quer saber? Ele não está nem aí. A alegria de um apaixonado é algo que só outro apaixonado compreende.