Se a sua parte contrária começa a reclamar por espaço, por um
tempo sozinho, diz que está precisando sentir saudade para tornar a relação
saudável... provavelmente não está mais tão empolgado assim. Se diz essas
coisas logo no começo do relacionamento, então, aí é que não deve estar a fim
mesmo!
Porque
quando a gente ama a vontade de estar junto não tem fim. É um tal de querer
contar tudo o que se faz, de querer saber o que o outro está fazendo, de querer fazer
coisas juntos e também de querer ficar ali quietinho, sabendo que o amor está ao lado.
É
também um ficar enfastiado com as manias, com as chatices, com a bagunça ou com
o excesso de organização, com a vontade de querer controlar ou ser controlado,
uma irritação sem fim, mas uma incapacidade de ficar separado. É ficar com
saudade cinco minutos depois da despedida. É brigar e fazer as pazes logo em
seguida.
É
ficar tão grudado que se tem a impressão de desgaste. Mas desgaste é também
amor. Não se sente desgaste de quem não se ama, simplesmente porque não ficamos
perto de quem não amamos o suficiente para sentir o tal desgaste.
Mas
melhor ainda que amor grudado é amor emparelhado. Sabe aqueles amores em que
temos um objetivo em comum? Pode ser um hobby, um trabalho, um ideal. Ou tudo isso junto. Amor
emparelhado justifica o amor grudado. Um alimenta o outro.
Tem
coisa melhor que compartilhar uma paixão, ou várias paixões, com seu amor? E comemorar juntos as
vitórias, e chorar juntos as derrotas. E
levantar juntos, lutar juntos, aprender juntos. E o melhor de tudo: poder ficar
sempre grudado.
Amor
precisa de paixão para viver. Paixão não só um pelo outro, mas paixão pela
vida. E paixão pela vida é criar, é construir, é sonhar, é viver. Porque quem não tem paixão nenhuma na vida não vive. E amar, amar
mesmo, só ama quem está vivo.