Hoje eu senti medo. Fui andar de bicicleta e empaquei na brincadeira de descer em barrancos e escadas. Chegava na beirada, e não conseguia. Juro que não é frescura, é pânico mesmo. Medo de sei lá o que, só sei que chegava até a boca da descida e algum tipo de pensamento me impedia de descer. O pior é que as descidas eram pequenas, o risco de se machucar era mínimo, e mesmo assim… nada.
O engraçado é que eu sempre me qualifico como intensa. Depois fiquei pensando, como uma pessoa tão medrosa pode ser intensa? A pessoa intensa se entrega totalmente às sensações, sem qualquer medo, sem qualquer racionalização. Simplesmente vive. Eu não. Quero sentir, paro e penso mas não consigo ir.
O que é o medo? Medo é instinto de autopreservação, de não se arriscar naquilo que não se conhece, justamente para não se machucar. O medo paralisa. O medo nos torna agressivos, porque é sempre irritante você querer algo e não conseguir fazer. As pessoas reagem de maneira diferente ao medo. Algumas se acomodam à segurança e simplesmente menosprezam aquilo que não conseguem fazer, dizendo que é desnecessário, que são felizes com aquilo que já conhecem e pronto. Outras querem testar seus limites, o tempo todo, o que causa certa insatisfação, porque viver sendo desafiado realmente é um pouco cansativo.
Para dizer a verdade, já nem sei mais em qual categoria me enquadro. Sei apenas que sou muito, mas muito medrosa, embora não aparente. Mesmo assim, gosto de ser confrontada com o medo. Ele me coloca diante de mim mesma. Parece que, quando sinto medo, surge outra de mim dizendo quem sou. Mostrando as minhas limitações, me despindo da minha arrogância. Veja só garota, você não é tão poderosa quanto pensa, olha só quanta coisa você não consegue fazer, você precisa da ajuda de outras pessoas.
A sensação de vencer um medo também é única. Significa fazer algo que você não conseguia fazer, significa que mais uma possibilidade na sua vida foi aberta. Sim, porque ao nos aventurarmos por um caminho antes impossível para nós, o mundo fica um pouco maior. E você consegue enxergar outros caminhos para percorrer, caminhos que antes nem existiam no seu campo de visão, já que a partir do círculo em que estávamos não era possível vê-los.
E quanto ao meu medo de hoje? Bem, desci alguns barrancos e uma escada simples, depois de várias tentativas. E estou contente, apesar de poder ter feito ainda mais. Mas posso dizer que a portinha que abri hoje, a duras penas, já me mostrou várias outras maneiras de enxergar o mundo. Ando devagar, mas ainda chego lá.
O que é o medo? Medo é instinto de autopreservação, de não se arriscar naquilo que não se conhece, justamente para não se machucar. O medo paralisa. O medo nos torna agressivos, porque é sempre irritante você querer algo e não conseguir fazer. As pessoas reagem de maneira diferente ao medo. Algumas se acomodam à segurança e simplesmente menosprezam aquilo que não conseguem fazer, dizendo que é desnecessário, que são felizes com aquilo que já conhecem e pronto. Outras querem testar seus limites, o tempo todo, o que causa certa insatisfação, porque viver sendo desafiado realmente é um pouco cansativo.
Para dizer a verdade, já nem sei mais em qual categoria me enquadro. Sei apenas que sou muito, mas muito medrosa, embora não aparente. Mesmo assim, gosto de ser confrontada com o medo. Ele me coloca diante de mim mesma. Parece que, quando sinto medo, surge outra de mim dizendo quem sou. Mostrando as minhas limitações, me despindo da minha arrogância. Veja só garota, você não é tão poderosa quanto pensa, olha só quanta coisa você não consegue fazer, você precisa da ajuda de outras pessoas.
A sensação de vencer um medo também é única. Significa fazer algo que você não conseguia fazer, significa que mais uma possibilidade na sua vida foi aberta. Sim, porque ao nos aventurarmos por um caminho antes impossível para nós, o mundo fica um pouco maior. E você consegue enxergar outros caminhos para percorrer, caminhos que antes nem existiam no seu campo de visão, já que a partir do círculo em que estávamos não era possível vê-los.
E quanto ao meu medo de hoje? Bem, desci alguns barrancos e uma escada simples, depois de várias tentativas. E estou contente, apesar de poder ter feito ainda mais. Mas posso dizer que a portinha que abri hoje, a duras penas, já me mostrou várias outras maneiras de enxergar o mundo. Ando devagar, mas ainda chego lá.