Eu adoro abraçar. Abraçar amigos, família, amores, meus gatinhos, e até almofadas e travesseiros. Não sou assim do tipo carinhoso grudento, daqueles que ficam alisando continuamente, mesmo porque não tenho paciência para fazer a mesma coisa durante muito tempo, mas adoro esse momento abraço. Aquele momento de sentir o calorzinho do corpo da pessoa, sentir o coração dela batendo, de sentir uma pele respirando da outra. Parece que nesse momento você se entrega, se doa, pede para que confiem em você, dá e recebe aconchego.
Tem gente que não gosta de abraçar. E tem gente que gosta, mas não aprendeu a abraçar. Eu teria mil histórias para contar a respeito de abraços, mas não posso. Perderia grande parte de meus amigos que, afinal, já devem ficar bastante ressabiados comigo, pois ultimamente qualquer conversa, qualquer fato vivido, corre o risco de virar uma crônica publicada aqui. Mas a verdade é que adoro abraçar quem não sabe abraçar. Adoro dar abraço urso nessas pessoas. Até elas saírem cambaleando, feito meus gatos, que odeiam os meus abraços. Ou fingem que odeiam, pois são gatos e nunca vão demonstrar o quanto adoram ser amados.
Mas não consigo abraçar quem não gosta de ser abraçado. Sabe quando você está abraçando e a pessoa vai te soltando, bem rápido? Aí eu sinto medo. Medo de rejeição. Medo de incomodar. Acho que ninguém gosta da sensação de ser indesejado. Mas por que será que tem gente que não quer ser abraçada?
Abraçar é mostrar emoções, simples assim. E não é todo mundo que quer demonstrar emoções a torto e a direito. Já eu nasci com essa necessidade irrefreada de transparência, de mostrar o tempo todo o que eu estou sentindo. Alegria, tristeza, carinho, ódio, decepção, raiva, amor, desespero, angústia, insegurança, qualquer tipo de emoção que você puder imaginar, caso ainda não tenha conseguido entender, você vai perceber no meu rosto, nos meus gestos, nas minhas palavras, nas minhas atitudes. O que, eu sei, às vezes é desesperador para mim e para as pessoas que me cercam.
Abraçar é ainda um ato de entrega, de vulnerabilidade, de confiança. Quem abraça diz que está ali, pronto para dar e receber carinho, quebrando as fronteiras da individualidade por alguns instantes. Quem abraça com vontade abre aquela porta da alma para o outro ver, permite que a alma diga pro outro vem, pode me visitar.
Só que às vezes você não consegue abraçar aquela pessoa que você mais ama. E não consegue entender. Abraça todo mundo, menos quem você mais ama no mundo. Por exemplo, eu demorei para conseguir abraçar meus pais. E até hoje eles não aprenderam a me abraçar direito. Filhos de japoneses, para eles amor é algo mais prático, é algo que se demonstra pela presença constante e segura. Todo o resto é supérfluo. Ou talvez eles não queiram que eu veja a alma deles, queiram apenas que eu os veja como fortes, sempre. Não foi de todo ruim.
E por que eu estou escrevendo tudo isto? Porque escrever para mim é um abraço. Um abraço em quem eu conheço e também em quem eu não conheço. Este turbilhão de emoções ambulantes que sou eu às vezes se embaralha todo na vida real. Aí eu tenho que escrever, para organizar tudo. E acho até que tenho me saído bem. Então é isso. Estão aqui as minhas emoções para você que eu não conheço. E para você que eu conheço, amo e nunca consegui abraçar decentemente, eu peço o seu abraço.
Tem gente que não gosta de abraçar. E tem gente que gosta, mas não aprendeu a abraçar. Eu teria mil histórias para contar a respeito de abraços, mas não posso. Perderia grande parte de meus amigos que, afinal, já devem ficar bastante ressabiados comigo, pois ultimamente qualquer conversa, qualquer fato vivido, corre o risco de virar uma crônica publicada aqui. Mas a verdade é que adoro abraçar quem não sabe abraçar. Adoro dar abraço urso nessas pessoas. Até elas saírem cambaleando, feito meus gatos, que odeiam os meus abraços. Ou fingem que odeiam, pois são gatos e nunca vão demonstrar o quanto adoram ser amados.
Mas não consigo abraçar quem não gosta de ser abraçado. Sabe quando você está abraçando e a pessoa vai te soltando, bem rápido? Aí eu sinto medo. Medo de rejeição. Medo de incomodar. Acho que ninguém gosta da sensação de ser indesejado. Mas por que será que tem gente que não quer ser abraçada?
Abraçar é mostrar emoções, simples assim. E não é todo mundo que quer demonstrar emoções a torto e a direito. Já eu nasci com essa necessidade irrefreada de transparência, de mostrar o tempo todo o que eu estou sentindo. Alegria, tristeza, carinho, ódio, decepção, raiva, amor, desespero, angústia, insegurança, qualquer tipo de emoção que você puder imaginar, caso ainda não tenha conseguido entender, você vai perceber no meu rosto, nos meus gestos, nas minhas palavras, nas minhas atitudes. O que, eu sei, às vezes é desesperador para mim e para as pessoas que me cercam.
Abraçar é ainda um ato de entrega, de vulnerabilidade, de confiança. Quem abraça diz que está ali, pronto para dar e receber carinho, quebrando as fronteiras da individualidade por alguns instantes. Quem abraça com vontade abre aquela porta da alma para o outro ver, permite que a alma diga pro outro vem, pode me visitar.
Só que às vezes você não consegue abraçar aquela pessoa que você mais ama. E não consegue entender. Abraça todo mundo, menos quem você mais ama no mundo. Por exemplo, eu demorei para conseguir abraçar meus pais. E até hoje eles não aprenderam a me abraçar direito. Filhos de japoneses, para eles amor é algo mais prático, é algo que se demonstra pela presença constante e segura. Todo o resto é supérfluo. Ou talvez eles não queiram que eu veja a alma deles, queiram apenas que eu os veja como fortes, sempre. Não foi de todo ruim.
E por que eu estou escrevendo tudo isto? Porque escrever para mim é um abraço. Um abraço em quem eu conheço e também em quem eu não conheço. Este turbilhão de emoções ambulantes que sou eu às vezes se embaralha todo na vida real. Aí eu tenho que escrever, para organizar tudo. E acho até que tenho me saído bem. Então é isso. Estão aqui as minhas emoções para você que eu não conheço. E para você que eu conheço, amo e nunca consegui abraçar decentemente, eu peço o seu abraço.