Viajar é bom demais. Mas bom mesmo é ser turista. Porque a gente pode viajar sem ser turista. E a gente pode ser turista sem viajar.
Ser turista é ser curioso, é querer conhecer. É não ter vergonha de ser ridículo, não ter vergonha de fazer as coisas errado. É se deleitar com cada coisa vivida imaginando que não irá vivê-la de novo. Embora saiba que poderá repetir tudo isso um dia.
É se deleitar com a paisagem. É encontrar aquela doceria escondidinha numa esquina qualquer, e que faz o melhor brigadeiro que você já provou. É querer descobrir novos lugares, cantinhos que acreditamos nunca percorridos. É pegar uma fila imensa pra fazer aquele programa de índio no meio de famílias inteiras, só para depois poder dizer que é ridículo, mas tinha que fazer, afinal todo mundo faz um dia na vida. É fazer poses para fotos até no supermercado.
Um turista tem uma ansiedade que chega a ser cômica. Normalmente, quando viajo, pergunto a algum morador o que há de interessante para conhecer. E o mais curioso é que normalmente a pessoa, já enfastiada pela rotina e pelo tédio em que transformamos o nosso viver, me olha espantada por um tempo, como se eu fosse uma louca desvairada. Como assim, fazer o quê nesse lugar? Você não percebe que isso é só isso?
Pois é, ser turista é quebrar a rotina, fazer diferente, olhar diferente. O turista sabe que aquilo que ele está vivendo é passageiro, e que ele tem um certo tempo para desfrutar da novidade. Por isso é tão bom e intenso. Por isso não se perde detalhe algum, não se desperdiça o viver com a mesmice.
Deveríamos ser turistas o tempo todo. Deveríamos saber que não temos todo o tempo do mundo, e que sempre existe algo a descobrir. E que sempre existem pessoas para conhecer do nosso lado, pessoas com histórias interessantes para nos contar, pessoas que, em alguma medida, vão mudar a nossa vida. Perdidos em nosso cotidiano, não vemos importância nas pessoas que passam por nós. Quando somos turistas, perdemos as travas, as defesas, deixamos que as pessoas novas fluam e inundem nossas vidas com suas experiências, vidas, idéias. Mesmo sabendo que talvez nunca mais as vejamos. E sempre mudamos um pouquinho, e sempre descobrimos um pedacinho de nós que não sabíamos que existia.
Taí. Bom mesmo é ser turista de si mesmo. Descobrir habilidades desconhecidas, e falhas em si próprio ignoradas até então. Caminhar por cantos escuros e campos abertos. Sair um pouco de si, respirar, arejar e voltar. Enxergar-se com olhos novidadeiros. Rir dos lugares aos quais jamais deveria ter ido, embora todo mundo vá até eles um dia. E não esquecer que o tempo é finito, finito demais para que deixemos o tédio e a rotina nos invadir e nos paralisar.
Ser turista é ser curioso, é querer conhecer. É não ter vergonha de ser ridículo, não ter vergonha de fazer as coisas errado. É se deleitar com cada coisa vivida imaginando que não irá vivê-la de novo. Embora saiba que poderá repetir tudo isso um dia.
É se deleitar com a paisagem. É encontrar aquela doceria escondidinha numa esquina qualquer, e que faz o melhor brigadeiro que você já provou. É querer descobrir novos lugares, cantinhos que acreditamos nunca percorridos. É pegar uma fila imensa pra fazer aquele programa de índio no meio de famílias inteiras, só para depois poder dizer que é ridículo, mas tinha que fazer, afinal todo mundo faz um dia na vida. É fazer poses para fotos até no supermercado.
Um turista tem uma ansiedade que chega a ser cômica. Normalmente, quando viajo, pergunto a algum morador o que há de interessante para conhecer. E o mais curioso é que normalmente a pessoa, já enfastiada pela rotina e pelo tédio em que transformamos o nosso viver, me olha espantada por um tempo, como se eu fosse uma louca desvairada. Como assim, fazer o quê nesse lugar? Você não percebe que isso é só isso?
Pois é, ser turista é quebrar a rotina, fazer diferente, olhar diferente. O turista sabe que aquilo que ele está vivendo é passageiro, e que ele tem um certo tempo para desfrutar da novidade. Por isso é tão bom e intenso. Por isso não se perde detalhe algum, não se desperdiça o viver com a mesmice.
Deveríamos ser turistas o tempo todo. Deveríamos saber que não temos todo o tempo do mundo, e que sempre existe algo a descobrir. E que sempre existem pessoas para conhecer do nosso lado, pessoas com histórias interessantes para nos contar, pessoas que, em alguma medida, vão mudar a nossa vida. Perdidos em nosso cotidiano, não vemos importância nas pessoas que passam por nós. Quando somos turistas, perdemos as travas, as defesas, deixamos que as pessoas novas fluam e inundem nossas vidas com suas experiências, vidas, idéias. Mesmo sabendo que talvez nunca mais as vejamos. E sempre mudamos um pouquinho, e sempre descobrimos um pedacinho de nós que não sabíamos que existia.
Taí. Bom mesmo é ser turista de si mesmo. Descobrir habilidades desconhecidas, e falhas em si próprio ignoradas até então. Caminhar por cantos escuros e campos abertos. Sair um pouco de si, respirar, arejar e voltar. Enxergar-se com olhos novidadeiros. Rir dos lugares aos quais jamais deveria ter ido, embora todo mundo vá até eles um dia. E não esquecer que o tempo é finito, finito demais para que deixemos o tédio e a rotina nos invadir e nos paralisar.