sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Marie Antoinette, de Sofia Coppola




       Marie Antoinette era austríaca e foi casada por conveniência aos 14 anos, com aquele que se tornaria mais tarde o insípido Luís XVI, o monarca francês à época da Revolução Francesa. Foi uma rainha impopular por diversos motivos. Suas festas, suas roupas, seu refinamento, tudo isso parecia a uma população empobrecida pela crise econômica uma afronta. A ela se atribuíam vários amantes e a responsabilidade pela absoluta incapacidade do rei de governar.

        Enfim, uma menina má, a quem se atribuiu historicamente a frase: “se o povo não tem pão, que coma brioches”. Verdadeira ou não, sintetiza a imagem que a rainha decapitada carregou ao longo dos séculos.

        Mas a Marie Antoinette que eu amo é a de Sofia Coppola. Vivida por Kirsten Durnst, a vienense é apenas uma adolescente assustada quando chega à corte francesa. E como toda menina má, começa a rir de todos aqueles cerimoniais incompreensíveis. E quando percebe que não tem mesmo jeito de se livrar deles, resolve deles desfrutar, com uma certa dose de ironia e deboche. Junta seus amigos, artistas, intelectuais, e resolve se divertir muito. Amantes? Bem, o filme mostra apenas um, o conde sueco Fersen, vivido por Jamie Dornan, que faria qualquer menina, má ou não, sucumbir.... Já que o maridinho rei parecia não se importar muito com o assunto.

        O filme mostra uma menina/mulher sensível e inteligente, apreciadora de filosofia, música, artes, tudo o que é belo. Divertida, mas um pouco triste ao mesmo tempo. Pode ser. Política para ela era um assunto enfadonho. O que realmente não faz diferença para garotas normais, mas em se tratando de uma rainha... Bem, Marie Antoinette talvez não tenha nascido para ser rainha, apenas para ser feliz.

        Mas o que eu gosto em todas as meninas más é que elas são surpreendentes. As reações das meninas boas são todas previsíveis. As meninas más, não. Elas agem por instinto, não conseguem contrariar o coração, por isso nunca agem conforme o esperado. E Marie Antoinette, após a queda da Bastilha, podendo fugir com a corte e abandonar o seu marido, resolve ficar, com seus filhos, ao lado do monarca, mostrando a todos que sim, é uma rainha. Meninas más não fogem, podem até se arrepender, mas nunca se escondem.

        Pois é, essa menina que só queria se divertir me dá arrepios de felicidade.

3 comentários:

  1. A menina má que eu mais gosto,
    Parabéns por conseguir extrair tanta coisa boa de histórias e filmes.
    A cada dia mais adoro vc.
    te amo.
    beijos

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  2. ah, volta logo...
    longe vc fica pirada:)
    beijos

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  3. Ah, seu bobo...
    Te amo um tantão assim:
    \..........0........../

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