Pedir ajuda é um ponto sensível das meninas más. Em nossa cabeça perturbada, só pede ajuda quem é fraco. E, oras, uma menina má é forte, muito forte. Aguenta todos os trancos. Resolve todos os problemas, os seus, os dos outros e quem sabe os da humanidade. Uma menina má sabe tudo, sobre qualquer assunto. E, se não souber, vai lá e aprende, pronto. Simples assim.
Mas tem horas que não dá. Tem horas que bate na gente a Cinderela. E então você olha ao redor e vê as meninas boazinhas com seus príncipes de plantão, resolvendo tudo por elas, e pensa: poxa, hoje eu queria um assim pra mim. Mas aí não adianta, que droga. Só tem príncipe quem age como princesa. Tem que ser frágil, tem que se mostrar insuficiente, tem que cultivar um padrão de comportamento e manter a constância. Porque príncipes gostam de ser heróis, salvar mocinhas que estão em perigo o tempo todo. Penélope Charmosa sabe muito bem disso, a arte da manipulação. E aí você repensa todo o seu comportamento, e fala pra si mesma: por que eu tenho essa mania de resolver tudo sozinha?
E a cabeça perturbada resolve, então, que vai bancar a Penélope. Faz um drama merecedor de Oscar da TV mexicana. Lógico, uma menina má é boa em tudo. Por que não criaria o melhor drama de todos, não sofreria a tragédia mais trágica, não sentiria a dor mais profunda que qualquer ser humano pode sentir? Pronto, humanidade, quero socorro!
Pois é, mas ninguém acredita! Nenhum herói vem tirar você da torre em chamas. Os heróis estão todos ocupados, cuidando de mocinhas verdadeiramente frágeis. E você, que realmente está em uma torre em chamas, pega suas tranças inúteis, corta, faz uma corda bem firme e sai da torre, sozinha. Porque não lhe resta outra alternativa. E, afinal, você sempre soube que poderia sair sozinha mesmo. E, pior de tudo, foi você mesma quem lançou as chamas na torre, para chamar a atenção…
Bom, tudo passa, você olha para trás e descobre que realmente exagerou. Não precisava de nada disso. Segue em frente, resolvendo os próprios problemas e os do resto do mundo. E lembra que príncipes babões te deixam um pouco irritada, especialmente porque, quando fazem as coisas por você, você se sente meio burra. Você gosta mesmo é de quem te olha e tem a certeza de que você é capaz de sair de qualquer enrascada, sozinha.
Ah, mas o detalhe é que você também é meio louca. Então, um colinho de vez em quando cai bem, desde que sem exageros, é claro. Senão é mordida na certa.
Mas tem horas que não dá. Tem horas que bate na gente a Cinderela. E então você olha ao redor e vê as meninas boazinhas com seus príncipes de plantão, resolvendo tudo por elas, e pensa: poxa, hoje eu queria um assim pra mim. Mas aí não adianta, que droga. Só tem príncipe quem age como princesa. Tem que ser frágil, tem que se mostrar insuficiente, tem que cultivar um padrão de comportamento e manter a constância. Porque príncipes gostam de ser heróis, salvar mocinhas que estão em perigo o tempo todo. Penélope Charmosa sabe muito bem disso, a arte da manipulação. E aí você repensa todo o seu comportamento, e fala pra si mesma: por que eu tenho essa mania de resolver tudo sozinha?
E a cabeça perturbada resolve, então, que vai bancar a Penélope. Faz um drama merecedor de Oscar da TV mexicana. Lógico, uma menina má é boa em tudo. Por que não criaria o melhor drama de todos, não sofreria a tragédia mais trágica, não sentiria a dor mais profunda que qualquer ser humano pode sentir? Pronto, humanidade, quero socorro!
Pois é, mas ninguém acredita! Nenhum herói vem tirar você da torre em chamas. Os heróis estão todos ocupados, cuidando de mocinhas verdadeiramente frágeis. E você, que realmente está em uma torre em chamas, pega suas tranças inúteis, corta, faz uma corda bem firme e sai da torre, sozinha. Porque não lhe resta outra alternativa. E, afinal, você sempre soube que poderia sair sozinha mesmo. E, pior de tudo, foi você mesma quem lançou as chamas na torre, para chamar a atenção…
Bom, tudo passa, você olha para trás e descobre que realmente exagerou. Não precisava de nada disso. Segue em frente, resolvendo os próprios problemas e os do resto do mundo. E lembra que príncipes babões te deixam um pouco irritada, especialmente porque, quando fazem as coisas por você, você se sente meio burra. Você gosta mesmo é de quem te olha e tem a certeza de que você é capaz de sair de qualquer enrascada, sozinha.
Ah, mas o detalhe é que você também é meio louca. Então, um colinho de vez em quando cai bem, desde que sem exageros, é claro. Senão é mordida na certa.